Há uma lógica nos planos de carreira?

Sem dúvida um tema de importância estratégica para a gestão de pessoas e até para os resultados organizacionais.

Mas, na minha visão, tem sido trabalhado de forma equivocada, em parte dos casos. De forma geral essa ação procura atender os níveis de gestão e de cargos da maior hierarquia na organização, mesmo que em nível médio. Sabemos que um dos desafios para a implementação de planos de carreira está na questão de investimento financeiro, tanto no que se refere à questão da definição e ações de desenvolvimento do plano como na consequente alteração da remuneração dos contemplados na carreira. Evidentemente que nos níveis mais altos esse investimento pode ser um obstáculo.

Por isso que neste momento preciso relembrar o gráfico da Curva de Gauss para posicionar algumas relações da distribuição normal das pessoas dentro das organizações.

Estatisticamente 70% dos funcionários posicionam-se no 2º. e 3º. Quartil da Amostra, isto é, no meio do gráfico. Esse posicionamento não os destaca, colocando-os como participantes do que podemos chamar de “a maioria silenciosa”.

No entanto é essa maioria silenciosa que movimenta e FAZ A EMPRESA ANDAR e trazer resultados. Evidente que o nível de gestão é importante e deve receber atenção, mas a “mão na massa” é desse publico de menor nível hierárquico, seja em que atividade for. Lembrando que eles sempre estão mais próximos do mercado e dos clientes. Oba, que relação importante!

Portanto o trabalho deles não pode apenas ser “medido”, precisamos principalmente reconhece-los.

Contratando profissionais mais juniores, com menor experiência, mas dentro de uma política em que os cargos superiores não virão do mercado, mas desses profissionais em planos de desenvolvimento estaremos oferecendo uma postura ESPECIAL e uma mensagem da Empresa, possibilitando uma maior dedicação e engajamento ao processo gerando um fator motivacional como poucos.

A equação: atenção > oportunidade > reconhecimento é mágica!

Já testemunhamos diversas ações com esse enfoque e os resultados foram, sempre, surpreendentemente positivos.

Então precisamos tomar cuidado com nossa visão elitista e meio preconceituosa das realidades organizacionais. Podemos entender que trabalhar com os níveis mais altos da hierarquia da empresa empresta um posicionamento político importante. Mas creio que os resultados devem estar acima disso.

Bernardo Leite

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